Escrito por Dra. Bárbara Hatje | Revisado e editado por Larissa Sanders
Quando falamos em odontologia legal, muitos ainda não sabem exatamente o que essa área significa, mas ela é essencial tanto para a sociedade quanto para o sistema de justiça.
Apesar de pouco conhecida, a chamada odontologia forense amplia a atuação do cirurgião-dentista para além do consultório, conectando ciência e direito em prol da verdade.
Essa especialidade une conhecimento odontológico e jurídico, oferecendo suporte técnico em conflitos, investigações e processos judiciais.
Na prática, o dentista pode atuar como perito, fornecendo informações imparciais e cientificamente embasadas para auxiliar juízes, advogados e tribunais.
Mais do que uma área de atuação, a odontologia legal abre espaço para o dentista ocupar um papel de autoridade, com propósito elevado e impacto social direto.
O campo é vasto e pode abranger desde a identificação de pessoas em desastres até a avaliação de danos em processos judiciais.
Em todos esses cenários, o papel do dentista perito é traduzir a ciência para a linguagem jurídica, garantindo clareza técnica e imparcialidade.
Muitos profissionais se interessam pela área, mas não sabem por onde começar. O caminho é mais simples do que parece:
Uma alternativa é iniciar como assistente técnico, representando uma das partes e se familiarizando com os trâmites judiciais.
A odontologia legal oferece flexibilidade. Grande parte das atividades pode ser realizada remotamente: análise de documentos, elaboração de laudos, respostas a quesitos e até audiências virtuais. A presença física é necessária somente em casos pontuais, sempre com horário agendado.
Os honorários em perícia odontológica variam conforme o tipo de atuação, processo e região. Eles podem:
Para muitos dentistas, a atuação pericial funciona como renda complementar estratégica e altamente rentável, além de agregar prestígio e reconhecimento.
O Simples Dental é uma ferramenta que facilita o trabalho do dentista na odontologia legal, oferecendo recursos que aumentam a organização, a segurança e a qualidade da documentação exigida nesta área. Algumas das principais vantagens incluem:
A atuação em odontologia legal coloca o dentista como ponte entre ciência e justiça, seja como perito judicial, criminal, assistente técnico ou consultor. Essa área oferece:
Cada Tribunal de Justiça possui o seu próprio sistema de cadastro. A maioria utiliza:
Exemplo: no TJSP, o cadastro pode ser feito de forma gratuita e totalmente online.
A odontologia legal mostra que a profissão vai muito além do mocho. Ela garante que decisões judiciais sejam baseadas em evidências técnicas, protege pacientes e profissionais, e amplia o reconhecimento da odontologia como ciência essencial para a sociedade.
Ser perita judicial é assumir um papel-chave: levar ética, técnica e imparcialidade para que a justiça seja feita.
Muitos dentistas têm dúvidas sobre como funciona a odontologia legal, quais são os requisitos para começar e como conciliar essa área com o consultório. Abaixo estão as respostas para as perguntas mais comuns:
Não. Basta ser cirurgião-dentista regularmente inscrito no CRO. A especialização é recomendada, mas não obrigatória.
O perito pode analisar prontuários, exames, radiografias, DNA salivar, arcadas dentárias e elaborar laudos técnicos para auxiliar juízes e advogados em processos criminais, cíveis e trabalhistas.
Sim. A maioria das atividades periciais pode ser feita fora do horário clínico e até remotamente.
Os honorários variam conforme a complexidade do caso, a região e o tribunal.
O cadastro é feito nos Tribunais de Justiça de cada estado, geralmente pelo PJe ou em plataformas chamadas “Cadastro de Peritos” ou “Auxiliares da Justiça”.
Sim. Organiza prontuários, garante segurança em nuvem, facilita a geração de relatórios e ajuda o dentista a conciliar consultório e perícias.
Dra. Bárbara Hatje | @dra.barbarahatje
Cirurgiã-dentista (UNESP) – CRO 144680
Perita Judicial e Assistente Técnica Odontológica